sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Conto: Papos no ponto de ônibus*
As duas tinham um visual meio esquisito, cabelos quase até a cintura, saias compridas (estilo "maria mijona"). Quando as viu a garota logo pensou "são crentes". Não deu outra, poucos segundos depois umas das mulheres esticava um papelzinho para garota e perguntava "posso lhe entregar uma palavra da bíblia?". A atitude mais acertada seria aceitar o papelzinho, as duas iriam embora satifeitas e fim de história, mas sem saber direito o pq a garota foi curta e grossa: "não!". A crente se assustou com a atitude ríspida e a questionou: "pq?", "pq não acredito", respondeu a garota. "Não acredita em que? Em Deus? Na Bíblia?". Foi nesse momento que a mente da garota viajou.
Excelente pergunta, pensou. Em que exatamente não acreditava? Criada por pais que acreditam em absolutamente tudo, para ela era meio estranho não acreditar em algo. Por acreditar em tudo os pais nunca batizaram de nenhum dos 3 filhos, deixaram que eles escolhessem o caminho que queriam seguir. Os 2 mais velhos viraram ateus, a garota nem tanto. Matriculada em um colégio de freira, ela cresceu tenhos 2 aulas de religião por semana e tendo que ir a capela quase que todos os dias e a unica coisa que ela lembra das aulas de francês (idioma ensinado na escola no lugar do habitual ingles) era a Ave Maria. Certo dia a garota percebeu que todas as suas amiguinhas se preparavam para a Primeira Comunhão que seria realizada na escola e como não queria ficar de fora pediu para que os pais a batizassem para que assim pudesse participar do ritual religioso.Com o tempo as aulas de religião acabaram e a fé um pouco tb, se tornou uma garota mais prática e acreditar que um ser superiou criou o mundo em 7 dias passou a ser um pouco fantasioso. Sua participação em rituais religiosos passou a ser praticamente nula, com excessão de casamentos, batizados e missas de sétimo dia, mas sempre que podia, evitava esse tipo de ocasião. E claro, passou a acreditar muito mais em esforço do que em milagre. Teve de ralar muito para conquistar suas coisas para acreditar que "Deus" tinha colocado aquilo tdo no seu caminho.
Depois de pensar em tdo isso veio a resposta "acho que acredito apenas em mim, no meu esforço", a crente não gostou muito da resposta, ficou branca e se preparou para rebater, mas algo a impediu, ela respirou fundo e puxou outro papelzinho "posso te entregar uma palavra da família, na família vc acredita não?!?", dessa vez achou melhor não rebater e aceitou, mas claro, depois de ler as primeiras palavras que afirmavam que "Deus era responsável pelas famílias perfeitas, que para se ter uma família perfeira precisamos seguir os ensinamentos divinos e claro, o conceito da família perfeita: papai trabalhador e fiel, mamãe dona de casa e vivendo para o marido e filhos e os filhos, filhos perfeitinhos, que vão a Igreja todos os dias, nunca brigam e todos vivem em harmonia", enquanto lia aquela baboseira toda a outra crente, até então calada, começou a discursar sobre o tal conceito de família. A garota se irritou, amassou o papel e exclamou "nessa família, desculpe, não acredito", "como assim?", exclamou a crente.
A garota até pensou em dar o seguinte discurso: "meus pais se separaram quando ainda não havia completado nenhum ano de vida, minha mãe se casou de volta e logo se separou novamente. Meu pai teve algumas namoradas, algumas que duraram algum tempo, mas sem virar em casamento e hoje os dois estão solteiros. Meus irmãos e eu nunca fomos os filhos perfeitinhos, erramos muito, pisamos na bola, brigamos muito, assim, como todos os irmãos, como todos os filhos. Hoje meu irmão do meio vive com a namorada sem estar oficialmente casado ou menos ainda casado no religioso e nem pretendem, nem filhos pretendem ter e nem por isso deixam de ser felizes. Avós, tios, primos etc... estão longe de serem perfeitos e a família vive tendo que contornar problemas, normal, coisas que acontecem "nas melhores famílias". Ou seja, estamos longe de ser "perfeitos", mas não deixamos de ser uma família e não deixamos de ser felizes do nosso jeito.
Sim, a garota podia ter dito tudo isso e deixar as crentes ainda mais horrorizadas, mas não disse nada! Pq? Pq o ônibus se aproximava e só oq ela precisava era dormir. Ignorou a pergunta da crente e subiu no ônibus, quando subia ouviu a mais velha das duas gritar "você vai acabar no inferno desse jeito". Quando sentou no banco do ônibus a garota dormiu e sonhou, não com os anjos muito menos com Deus e com o inferno, mas com a sua família.
*Baseado em fatos reais
domingo, 26 de setembro de 2010
Vô, vá em paz*
O pequeno grande homem do Piauí, que anos depois ainda mantinha seu sotaque, com um jeito meigo e amoroso conquistou a todos, até mesmo os funcionários do prédio onde vivia. Presenteava todos eles com chocolates, pães de queijo, biscoitos e maças. Quem nos contou isso foi o porteiro Rodrigues que sempre ganhava uma maça. Quando "seu" Raimundo foi para o hospital a primeira vez falou para o porteiro: "talvez não tenha mais maça", o porteiro confiante "claro que ainda vai ter", mas no dia 24/09/10 o porteiro disse a sua esposa "acabou a maça."
Esse senhor amoroso tinha um hábito que todos nós admiravamos, guardava todas as notícias que saiam em jornais e revistas sobre os familiares, familiares de familiares e amigos. Sempre que viajavamos ele pedia que enviassemos um cartão postal, para que soubesse o que cada um de nós estava fazendo, para que de uma forma ou de outra participasse dessa viagem. O interessante será encontrar tudo isso agora. As lembranças que isso tudo vai nos trazer.
Militar sempre foi metódico com o horário. Toda manhã tinha de fazer o café da manhã, sentar na sua cadeira onde fazia seus exercícios e ligar a tv, se no momento que ligasse a tv a apresentadora do Bom Dia Paraná não estivesse dizendo "Bom dia" seu dia começava todo errado. Sempre metódico escolheu a hora certa para partir. Ney, o vô Ney, sempre foi muito ligado aos netos, escolheu a hora onde esses poderiam estar com ele. Os netos seguiram sua vida. Cauê vive nos Estados Unidos onde é dono de uma marca de bicicletas, Pedro vive em São Paulo trabalhando com consultoria, Camila é quase uma pop star e vive viajando com sua banda "Copacabana Club", Vivi, nossa médica, se divide em seus plantões e Sofia, vive no Rio de Janeiro, bom, dessa vcs sabem o suficente (hehehehe). No dia que partiu, Camila não tinha show, Virginia não tinha plantão, Sofia estava em Curitiba e para o Pedro, como foi em pleno final de semana, sair de São Paulo e ir para Curitiba não seria difícil. Só para o Cau mesmo que ficaria mais inviavel. E mais, dia 23/09 foi aniversário da filha mais velha. Partiu 2 dias depois, não podia fazer isso com sua filha. No fim, pode estar com todos os entes queridos e com o Cau em espirito. Partiu. Vá em paz Vô. Amamos vc.
*Discurso feito por Sofia no velório do avô dia 25/09/10 na Capela da Paz em Curitiba. Escrito com a colaboração de Camila, Marilena, João, Soraya, Ito, Oli, Jalile, Pedro e Viriginia
domingo, 19 de setembro de 2010
Aprendendo a viver em comunidade
A vida com meu pai era um pouco diferente, não posso reclamar sempre fui mto mimada: a mais nova, a unica menina etc... mas ele sempre exigiu um pouco mais de nós. Lavar louça, arrumar o quarto, manter a casa em ordem etc...Quando brigávamos era pq eu deixava algo fora do lugar , monopolizava a tv ou algo do genero. O que eu ouvia era sempre a mesma coisa "vc nao sabe viver em comunidade".
Quase 9 anos depois resolvi arriscar: fui viver em comunidade. Sai do conforto da casa do meu pai, do colo do papai e da mamae (que sempre estava por perto) e me aventurei em terras cariocas. Uma das razões era justamente aprender a viver em comunidade. Me mudei para um apartamento onde moravam mais 2 meninas e um hamster. Pouco de um mês depois ganhamos mais uma companhia. Hoje somos em quatro mulheres e um hamster.
Hoje vivo por conta propria: pago as contas, faço faxina (agora contratamos uma faxineira, mas ainda tenho q manter, tirar lixo...), cozinho minha propria comida (as vezes), lavo minha louça, divido com as meninas a função e lava roupa e etc...
Mas a coisa mais dificil não é limpar o banheiro e sim é, sem duvida, lidar com as diferenças. Morar com 3 pessoas que tem muitas opiniões e valores diferentes dos seus, que tem uma criação diferente da sua não é fácil, muitas vezes batemos de frente, mas vamos lidando.
Esses tempos tivemos uma grande briga, dividiu a casa em 2, o clima pesou, laços de amizade foram criados e outros destruidos. No atual momento as coisas melhoraram, mas confesso, é muito difícil viver com pessoas com valores tão diferentes dos seus.
É engraçado que as vezes as pessoas se unem em momentos de dificuldade, no momento em que percebem que tem opiniões parecidas sobre determinada coisa e acabam deixando de lado outra diferenças. Nos apegamos naquela coisa em comum e esquecemos o resto. Não digo que seja o sufiente para acabar com uma amizade ou um companherismo, mas serve para abrirmos os olhos e ficarmos ligados para que não sejam cometidos os mesmos erros do passado. Um hora, percebemos que aquela pessoa não é tudo aquilo e pode até mesmo te dar uma rasteira e ser bastante injusta com vc.
Nessa convinvencia em comunidade aprendi muitas coisas, ganhei mais responsabilidade e por incrivel que pareca aprendi a ter uma coisa que nunca tive: paciência. Sempre fui estourada e mal humorada, mas tenho aprendido a lidar melhor em situações de crise, até me surpreendo as vezes.
É bom viver em comunidade? A experiência é: crescemos muito, amadurecemos muito, mas se vc tiver a possibilidade e condição (principalmente financeira), não se arrisque, vá pro seu canto. Tem gente que tem medo da solidão, mas fica a dica: antes só do que mal acompanhado!!
UM GRANDE PS:
Quero deixar registrado aqui meu agradecimento e carinho a todos que deixaram comentários do meu twitter, facebook e mandaram email sobre a coluna do Bellotto do último dia 17. E deixo principalmente o meu carinho e meu agradecimento ao Tony pela homenagem e por tdo q ele e a família tem feito por mim. Pra quem não leu, segue o link: http://www.blogdacompanhia.com.br/2010/09/a-sangue-frio/
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
O fim de uma jornada
Mas não é pra falar dos meus trabalhos que apareci por aqui hj. Hj, em uma madrugada tranquila e quase parada no trabalho consegui não só escrever para vcs como terminar minha jornada. 1 mês e 852 páginas depois terminei de ler 2666 de Roberto Bolaño.
De inicio hesitei em me "jogar" nessa aventura literaria, mas acabei sendo convencida e quer saber? Gostei. O romance é dividido em 5 partes, a primeira é bacana, mas nada incrivel, depois que começa a melhorar. A penultima parte é complicada, quase 300 páginas sobre assassinatos de mulheres que ocorrem em uma cidade ficticia do México, assassinatos esses que Bolaño descreve com uma riqueza de detalhes que chega a embrulhar o estomago, mas depois de passada a chamada "Parte dos crimes" é correr pro abraço.
No fim da minha jornada, segunda-feira (ou já seria terça?!?), 3h49 da manhã, diretamente do Projac, dei um grito, não sei se foi de alivio, de tristeza ou de alegria. Mas tive que me conter ou meus companheiros de redação nao iam entender nada, fiquei necessitada de ter algm com quem dividir esse momento, um momento que só um leitor de 2666 pode compreender, escrevi para um amigo, o que me indicou a tão "pesada" leitura.
Divido a sensação com vcs tb, não sei se irao compreender. Como disse nao sei se senti alivio, tristeza ou felicidade, sei que me sinto completa, percebo que esse mes nao foi desperdicado com uma coisa qualquer. A ultima vez que me senti assim foi quando terminei o A Sangue Frio do Truman Capote, todas as 5x q li fiquei com essa sensação q achei q nenhum livro conseguiria superar. Nao sei o Bolano roubou esse espaço na minha mente literaria, no meu coração literario um lugar que é pra sempre do Capote, por ter sido o primeiro livro que li na faculdade e que me despertou ainda mais o desejo de ser jornalista. Oq sei é que o Bolano me consquistou. Hoje a noite, ao fim da minha jornada de trabalho, meus sonhos nao serão com os bizarros personagens que me deparo no meu trabalho da madrugada, mas sim com os bizarros personagens da brilhante mente do Bolano.
Uma jornada que se encerra. Uma sensação talvez, de missão comprida
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Visita e surpresas
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Tremendo tititi
Esses dias, mais especificamente dia 22/07/10 entrou no ar no site da Veja, uma nova coluna dos Cenas Urbanas, coluna assinada pelo meu querido Tony Bellotto. O tema? Ti-ti-ti, novela que estreou no dia 19 as 19h no canal 19 no Rio (Globo) e que conta com a volta da minha querida Malu Mader as novelas.
Ti-ti-ti vem ganhando espaço no meu dia, é divertida, tem um humor leve e diferente de outras novelas, geralmente com foco em um grande caso de amor, tem como foco a guerra entre André Spina e Ariclenes Martins (Jacques Leclair e Victor Valentim) que vem sendo interpretados com perfeição pelos grandes Alexandre Borges e Murilo Benicio e alem de tudo conta com um elenco de peso como, alem de Borges e Benicio, Claudia Raia, Cristiane Torloni, Malu Mader e grandíssimo elenco! A primeira semana da novela passou e o resultado tem sido ótimo, pelo menos no meio que eu mais entendo: Internet!! Nos blogs e principalmente no twitter a novela tem sido um sucesso. Na primeira semana a hagtag #tititi esteve nos Trending Topics (tópicos mais comentados do Twitter) todos os dias, no dia da estréia os Tt’s brasileiros ficaram recheados com o elenco da novela e Malu Mader, Caio Castro e Gustavo Leão chegaram ao topo dos TT’s mundiais, Malu inclusive voltou aos TT’s no quarto capitulo! Tornando o sucesso da novela assunto indiscutível! Caiu mesmo, como já disse por ai, não na boca do povo, mas mais do que isso, caiu no bico do passarinho! Não é fácil entrar nos chamado TTs mundiais!!
Mas não vamos perder o foco, voltemos ao assunto coluna do Bellotto. Vamos meus caros amigos, vamos pensar juntos. Vamos pensar em todos os hipócritas, falsos intelectuais que temos por ai e pensar em qual foi o resultado de um roqueiro/escritor elogiar e mais, recomendar uma novela em sua coluna?? Pois é, isso mesmo, revolta geral!! Procuro sempre tentar respeitar a opinião dos outros, pq é tão difícil que todos façam o mesmo?? Qual é o mal de uma roqueiro gostar de uma novela? (Ainda mais quando uma das estrelas da novela é justamente sua adorável “eterna namorada”). Quem de nós nunca acompanhou uma novela?? Quem de nós nunca ficou ansioso para ver um ultimo capitulo? Quem de nos nunca remarcou um jantar para não perder aquele capitulo?? Não sejamos hipócritas, até meu pai que se diz avesso as novelas se rendeu a uma novela!! Não tenho duvida que todos nós já nos rendemos a alguma nem que tenha sido a muito tempo atrás!!
Como falei no comentário que deixei na coluna o “nosso cinema não é o melhor, mas as nossas novelas são, deviamos nos orgulhar disso, o mundo todo nos admira nesse ponto pq não nos admirarmos?? Pq não pararmos de ser arrogantes, falsos intelectuais e batermos palma para essa turma que nos faz rir, chorar, com historias simples, talvez até batidas, mas que são como nossa vida, nosso dia-a-dia”.
Não entendo essas pessoas, que se consideram pensadores, não conseguem aceitar o pensamento dos outros, ficam tao revoltados pq alguém defende uma novela. Parece que esses pensadores nao pensam, acham que só podemos pensar quando assistimos um filme “reflexivo” ou lemos um “livro encantador”. Eu penso quando vejo um bom filme, leio um bom livro ou quando assisto minha novella pq nao?!? Penso quando converso com meus amigos, quando escuto diferentes opinioes. Afinal pensar é isso, é ter opiniões e cada um tem a sua. Nao precisamos aceitar, mas nao custa respeitar. Afinal ter uma opinião diferente de um pensador nao te faz, necessariamente, um ser não pensante.
Deixo aqui meu agradecimento ao Tony pelo tamanho Tititi causado na sua coluna, adoooro uma polêmica, adooooro revoltar os revoltado!! Muito obrigada Tony por me dar a oportunidade não só de pensar, mas de dizer oq penso!!
DicaS do dia:
Na TV: Novela Ti-ti-ti,
Na Internet: Colunas Cenas Urbanas (http://veja.abril.com.br/blog/cenas-urbanas) e Tony Bellotto na Cia das letras (http://www.blogdacompanhia.com.br/category/colunistas/tony-bellotto)
fugindo um pouco do tema, mas não deixam de ser boas indicações:
Livro: Caim do Saramago
Filme: Bastardos Inglórios do Quentin Tarantino.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
1 mês depois...
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Aniversário, Afinando a língua, etc...
Tudo começou na semana passada, tive um início de semana difícil, tpm, gripe, inferno astral...
Tudo superada com a ida ao show do Qinho, com participação de Mart'nalia e Rogê, o cara toca muito, bom demais, interessados acessem o myspace dele: http://www.myspace.com/qinhosemu, vale a pena.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
10 motivos para amar o Rio de Janeiro
Comigo nao foi diferente a primeira vez que vim para cá me apaixonei, ta certo que nao tinha sido a primeira, pois ja havia vindo quando pequena e morava em Angra, mas nao me lembrava, entao em 2006 para mim foi como se fosse a primeira.
Nessa minha vinda, decidi que iria, um dia, morar no Rio, isso sempre foi um sonho, mesmo nao conhecendo (lembrando) da cidade. O sonho se concretizou e agora estou tendo a oportunidade de conhecer o Rio como carioca (pelo menos de cep) e nao mais como turista
Nesses meus cinco dias de Rio já achei vários motivos para amar o Rio, morando e não apenas visitando a cidade. Talvez ainda seja cedo demais, talvez esses motivos se transformem em razões para odiar o Rio, ou mesmo, percam o sentido e novos motivos apareçam, mas por enquanto essas são as 10 razões que tenho para amar o Rio de Janeiro:
1- Clima. Apesar dos dias tipicamente curitibanos (sem frio, claro), a cidade continua agradável, ou como diria Gil, "O Rio de Janeiro continua lindo"
2- Vida saudável. Ter disposição e vontade de caminhar todos os dias de manhã e mais: ando me alimentando mto melhor
3- Economia de transporte. Ficar 1h presa no transito dentro do taxi, com rota Botafogo - Ipanema, com parada estratégica em Copacabana, e pagar apenas R$25,00 no final, além de ter uma "viagem" extremamente agradável com uma taxista divertidissima.
4- Transporte público. Falam mal do transporte do Rio, mas nao tive problemas. Ter onibus toda hora para todos os lugares que preciso ir é bem útil
(Com essas 3 últimas razões, quem precisa de carro?)
5- Vida noturna ativa. Ter opção de lugar para poder tomar um chopinho a qualquer dia, a qualquer hora
6- Os cariocas. Falam muito que carioca é metido, mas sem dúvida carioca é muuuito melhor e mais agradável que o povo curitibano
7- Calçadas. Nao preciso nem falar das de Ctba néam?!? Aqui dá pra andar.
8- Ipanema. Onde to morando é tdo muito fácil: mercado, restaurantes, barzinhos, lan house, praia. Além de em dia de chuva nao precisar de guarda-chuva, já que a calçada tem a cobertura dos prédios, hahahahaha.
9- Farmacia por todo canto. Bom para mim que ando um pouco hipocondríaca, hahahaha
10- Banca de jornal por todo canto. facilita para eu comprar o jornal pela manhã e claro: minhas figurinhas do album da Copa, hahahahaha.
Por eqto só tenho uma razão para nao estar 100% satisfeita com o Rio: não ter com que trocar minhas figurinhas do album da Copa, huauhauuauha. Mas isso logo, logo eu soluciono, espero.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
A impaciência do ser humano!
O maravilhoso mundo de Sofia está em novo endereço agora, saiu de Curitiba e finalmente chegou ao Rio de Janeiro, ainda estou assimilando as coisas, entao falarei sobre isso depois. Quero falar agora do trajeto Ctba - Rio.
Fico admirada com aquelas pessoas que acham que reclamando de tudo elas vão mudar o mundo. Como chovia no Rio pela manhã, o voo saiu atrasado de Curitiba e na sala de embarque reparei naquele senhor, alto, sério e muito, muito reclamão, hehe. Tinha ataques com os funcionários da Webjet como se a culpa do atraso do voo fosse dos coitados. Enfim saimos de Curitiba com 45 minutos de atraso. Durante o "WEB"voo (como os funcionarios gostam de chamar, brega, na minha opinião) o comandante nos da a ótima notícia que nao temos como pousar no Rio, vamos dar uma "voltinha" até a nossa hora chegar. Aquele mesmo senhor se levanta e começa a gritar, "como, paguei para chegar as 13h, quero chegar as 13h" sendo acalmado pelas "web"aeromoças.
Quando finalmente chegamos ao Rio, às 15h e nao às 13h, o avião mal tinha pousado, e aquele mesmo senhor se levanta e começa a se dirigir a porta de desembarque para desespero das "web"aeromoças que ainda permaneciam sentadas. Visivelmente contrariado o senhor se sentou. Quando o avião parou, demorou para desligar os motores, pois segundo o "web"comandante faltavam uns aparelhos para o solo, e que por eqto todos deveriam manter-se sentados. Surdos, vários passageiros, liderados pelo famoso senhor, se levantaram e começaram a pegar suas bagagens e eu fiquei pensado "sério, pra que???", tipo, eles ficaram 10 minutos em pé eqto nao abriam as portas, será que nao poderiam ter tido um pouco de paciencia ter esperado sentados em seus lugares? Ia mudar alguma coisa? Ou eles sao brasileiros mesmo e gostam mesmo de ficar em uma fila?
O mais engraçado é que fui a ultima a sair do avião e quando cheguei na esteira de bagagens as malas nem tinha começado a ser postas ali e 95% dos passageiros aguardavam impacientemente. Resumindo do que adiantou a pressa toda?
Mas o melhor mesmo foi nosso já famigerado senhor. Sua mala foi, junto com a minha, a ultima a chegar. Quando saimos, lado a lado da área de desembarque me preparava para pegar o taxi quando vi que ele se sentou. Curiosa perguntei "o senhor nao esta ansioso para sair daqui?" e ele me responde "Não, tenho que esperar minha esposa que só vem me buscar as 16h". AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Sério, se ele ia mesmo ter de esperar até as 16h!! Para que brigar? Para que estressar todo mundo? é birra? teimosia? Não, é a impaciência do ser humano.
domingo, 9 de maio de 2010
Daisy e meu último dia em Curitiba
O dia começou com o computador dando pau e eu nao conseguindo terminar meu ultimo frella, ngm atendia meus telefonemas, claro, todos com suas maes e eu tentando resolver eqto a minha mae cozinhava o almoço do dia das mães. Resultado: crise, stress, mas tdo passou, se resolveu, nao da forma que eu qria, mas da forma que se permitia.
Depois de almoçar com a family fui até o aeroporto com a Caca buscar a Vivi que chegava de Buenos Aires. Durante o percurso conversamos muito sobre minha mudança, Caca me deu várias dicas baseadas em experiencias proprias. Foi bom, coisa de prima.
Quando chegamos de volta em casa quem estava por aqui? Ela, a mãe do Francisco, e que mãe hein Francisco?!? Se prepara.
A Daisy é uma daquelas pessoas que é impossivel encontrar uma palavra para resumir, nao tenha duvida que quando sentar com ela para conversar vc vai se divertir. Ela é uma figuraça, as histórias passam a ter outro sentido quando contadas por ela. E lógico que como toda mulher forte tem suas opiniões e as defende ferozmente. Amor acaba Daisy? Hehehehe.
Embaladas pelo vinho, as 8 mulheres que rodeavam a mesa falaram de tdo, discutiram relações, amor, tatuagens e lógico a minha mudança para o Rio. Foi quando se deram conta, Vivi, Caca e Daisy q eu ainda mantinha um antiquado e fora de moda piercing no umbigo. "vc nao pode viajar com isso", resultado: um ritual, a libertação do piercing e a lista, 8 coisas (uma para cada ano que sustentei a "joia") que eu queria deixar em Curitiba, queimar, esquecer, junto com aquele acessorio que havia perdido o sentido. Oq restou? Nada além de cinzas.
Para fechar a noite, me toquei, claro que como filha do meu pai deixei a mala para ultima hora, ja estava tdo separado faltava apenas guardar. Mas quem disse que seria tao simples assim? Depois da mala fechada, sob criticas e comentários, mais uma vez, ela entrou em cena. A mãe do Francisco. Daisy, que nao deixa nada por menos, que bravamente expressa suas opiniões sem medo do que vai ouvir, forte, corajosa e até um pouco desaforada, me desafiou "vc nao vai usar tdo isso no Rio, vou refazer essa mala", "duvido", respondi. Para que?!? Não é que ela recomeçou tdo do zero, de 2 malas abarrotadas, sobrou uma mala ainda com espaço. Deixou para tras muita coisa, me fazendo exercer o que Caca ficava o tempo tdo dizendo "desapego Sofi, desapego".
O desapego começou pelas roupas, agora vem o mais dificil. Desapego das pessoas, da moleza da casa da mamae e da asa do papai, desapego dos amigos, da vida ja mais ou menos encaminhada.
Espero ter a força da Daisy, ela que esta a poucas semanas de ser mae solteira e leva isso muito bem. Força para enfrentar dificuldades, ter coragem, peito e me impor. Daisy que rima com crazy, espero ter um pouco da sua loucura, do seu jeito simples de simplesmente viver.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
A volta do futebol arte
Nao entendo muito, mas gosto, gosto do bom futebol. Meu time? O miserável Atlético Paranaense que só tem me feito sofrer, depois do título de campeão brasileiro em 2001 e o vice na libertadores em 2005 o meu time nao realizou mais muita coisa, pelo contrário, no campeonato brasileiro dos ultimos anos vem lutando para não cair. Mas, fazer o que, é um vicio."Uma vez atleticano, atleticano até morrer". Sempre torci para o Atletico, desde pequena era levada aos jogos por uma amiga da minha mae ou pelo meu tio. Ma envolvi ainda mais quando me apaixonei por um atleticano, a paixão pelo garato passou, pelo time nunca.
Mas como fã do bom futebol me consolo vendo o time dos outros jogarem. E principalmente a ver o Santos jogar. Juro que vendo esse time da ate vontade de virar santista.
Os garotos da vila mostram que futebol não é só para gente grande. Imaturos, esnobes, adoram tirar com a cara dos seus adversarios. Mas fazer o que?!? Eles podem.
O jogo desse time do Santos é uma verdadeira obra prima. Quem assistiu a final do Campeonato Paulista? Mesmo perdendo o time nao perdeu seu brilho. O que foram os dois gols do Santos? O passe perfeito do Robinho e a finalização ainda mais perfeita do Neymar no primeiro gol. E um passe de mestre do Ganso no segundo. E nao foi só nesse jogo nao, e na ultima quarta contra o excelente Atlético Mineiro?!? O time mais uma vez brilhou, fez sua arte em campo.
Como ja andei dizendo por ai, tenho medo, muito medo quando esse time cruzar com meu sofrivel Atlético Paranaense
ps: Nao faço questão da convocação do Neymar para seleção. Acho ele muito imaturo para Copa. Mas o Ganso merece, muito mais maduro e preparado o moleque vem jogando futebol de gigante
terça-feira, 4 de maio de 2010
Nova tatto, nova vida
Hoje, quase um ano depois fui ao estudio do Formiga fazer a tao aguardada tatto, mas mudei de ideia, nao fiz o dragão, resolvi mexer na minha ja conhecida borboleta nas costas. Tatuei ela quando dia 17 anos e nem me lembro direito o porque.
Resolvemos, juntos, eu, minha mãe, Formiga o tatuador e o André um ambiente para ela, para que nao ficasse tao abandonada. O resultado ficou show, nao ficou brega como tive medo e a tatto de repente passou a ter um significado.
Liberdade, uma grande borboleta que parece estar se afastando das outras que por ali estao. Um voo solitário, mas com elas a seu escalso. Brinquei, como sao 3 borboletas atras da grande que reina, disse que elas eram meus pais e a Suyanne (minha segunda mae), como um simbolo que me afasto deles para dar meu voo solitario.
Um voo solitario, mais feliz e mais necessario do que nunca. Um voo cheio de espectativas, e um pouco de medo também, nao da para negar.
E para fechar com chave de ouro, nessa minha busca por sinais que me mostrem que tomo o rumo certo, vou ao cinema com minha mãe assistir o tao falado "Alice no país das maravilhas" (que falarei em outro momento)e o filme acaba com uma borboleta azul, como a minha, voando seu voo solitario.
Bem vindo ao Maravilhoso Mundo de Sofia
Empolgada com a monografia finalmente finalizada, que discutia justamente as novas mídias resolvi arriscar.
No Maravilhoso Mundo de Sofia vocês poderão acompanhar coisas que cercam meu mundo. Cinema, livros, futebol, entre outros milhões de assuntos.
Quem sabe até dicas de sobrevivência depois de sair da casa dos pais. Sim, crio o blog na semana que estou nos preparativos para minha mudança para o Rio de Janeiro.
Seja o que o destino quiser, aqui e lá